domingo, 31 de julho de 2011

O amor.



O amor pode dar direitos incomuns às pessoas;
Podem usar e desfrutar de qualquer ponto característico e emocional de alguém. Podem simplesmente só experimentar qualquer sensação de orgulho sem arrependimento. Esse amor se torna uma espécie de droga – um vicio mortal. Esse também tem a posse de destruir uma vida que corria bem; e só os que acreditam e vão à busca de uma cura, que conseguem se recompuser.  E o pior veneno é que o amor da direitos a quem nunca mereceu: o direito de despedaçar; de arrancar, quebrar, qualquer coragem e esperança que, um coração, levou anos para cultivá-la e usá-la na hora certa, mesmo quando a hora certa seja a mesma errada... E pode sim quebrar em mil pedaços um coração que foi entregue em uma caixinha, enfeitada e linda, de cristal. Nessa luta muitos sobrevivem, mas são poucos os fortes que conseguem tirar da vida motivos para viver. E essa é só mais uma incrível coincidência de um sentimento inexplicável; doloroso do modo mais lindo e admirável – o amor.


Micaela Mariane

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sim, você é forte.




Sabe aquela força que você já não encontra? Usa ela todos os dias.

Sabe aquela tristeza que tenta esconder? Você consegue esconde-la.
Sabe aquele sorriso que mostra a todos no dia-a-dia? É, é esse que consola.
Sabe aquela solidão, aquela dor e sofrimento, que você sente? Um dia ela passa, pois o tempo cura.
Sabe aquele passado que te atormenta a qualquer hora? Ele é só um passado. Simplesmente aceite.
Sabe o coração que leva ferido? Ele aprende sozinho a se manter feliz.
Sabe aquele sentimento de estupidez, de culpa? Acredite depois você percebe que foi preciso, e dificilmente se arrependera de suas atitudes.
Porque só vive o forte. Só esconde a tristeza quem é inteligente. Só distribui um sorriso, quem entende que chorar não muda nada. Porque o tempo é o melhor remédio para os que sabem esperar. Porque o passado que te machuca, é um passado que dificilmente retornará no futuro, e todos sabem disso. O coração que supera qualquer cicatriz é aquele que mais ama, e passa por todos os medos não importa o tamanho que eles se medem. A culpa que carrega, foi à melhor coisa que já fez. E esse vazio? Bem, quando menos perceber, vai ver que ele se preenche sozinho. E você sim, é forte.


Micaela Mariane

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Inimiga de mim mesma.


Pode ter sido um dia ou dois, uma hora ou trinta minutos, mas aconteceu. E eu estarei aqui, esperando por mais um minuto ao seu lado. Pode não ser o certo, mas nunca consegui controlar a imensidão de ideias que se perdem em minhas conclusões, então, olhe pra mim, e diga que nunca precisarei me rebaixar a esse ponto. Por que meu amor, foi você quem trouxe novamente a razão dos meus dias felizes, e se um dia eu me perder na indecisão, prepare-se, minhas idéias já não falarão por si, e conhecera a sua pior inimiga! A vida me tornou assim, inimiga de mim mesma, contra todos os que me fazem ser assim!




Micaela Mariane 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ela não vai...






Ela não vai dizer: "eu amo você", por que ela nunca disse, e tem medo de dizer.
Ela não vai pegar na tua mão, por que ela tem medo que você se afaste, e não a perdoe por isso.
Ela não vai te abraçar, por que ela tem medo que você não retribua.
Ela não vai olhar toda hora dentro dos seus olhos, por que ela tem medo de descobrir a verdade dentro do seu olhar.
Mas ela sempre vai dizer que está tudo bem, por que ninguém precisa saber o que ela sente.
Ela sempre vai dizer "eu também" se perceber que suas palavras são sinceras.
Ela sempre vai brincar com os seus dedos, quando você pegar não mão dela.
Ela sempre vai retribuir seu abraço, por que é o que ela deseja fazer todos os dias.
Ela sempre vai te olhar do modo mais profundo, quando você erguer seu queixo, mostrando a ela que está tudo bem.
Mas quando ela lhe dizer que não está mais nada bem... Sinto muito, mas ela não foi burra o bastante pra se enganar novamente!

E então, em quem você lembrou agora? Em quem te ama, ou em quem você enganou?




Micaela Mariane

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Me da um abraço.



Me de um abraço. Segure na minha mão e toque em meus cabelos. Me encontre fazendo surpresa sem ser, e não tenha medo de arriscar. Me espere alegre ao me ver, e brincando, corra atrás de mim na tentativa de me fazer cócegas. Olhe dentro dos meus olhos, e seja sincero.  Me mande uma carta; dentro dela não precisa ter o maior texto ou declaração, mas, faça rabiscos com uma caneta, risque toda a folha, e me entregue; ficarei feliz em saber que lembrou de mim. Me convide pra pescar! Pode não ser o que eu mais goste de fazer, mas se você gostar, pra mim não vai importar, por que eu quero te ver feliz ao meu lado. Toca o meu rosto, rola comigo no chão. Me liga, me mande uma mensagem  as 4 da manha dizendo: sua chata! Me puxe pra mais perto, e me coloque em seu colo. Escreva em meus braços: Forever. Reclame das minhas roupas. Me leve pra um lugar distante, e sente comigo na grama. Arranque uma flor do vizinho, saia correndo e me entregue; não precisa ser a flor mais linda. Vamos juntos procurar um trevo de quatro folhas. Me chame no MSN, dedica pra mim seu subnick. Questione as atualizações do meu Orkut, e todo dia confira se está tudo certo. Fale com sua sogra, como se fosse sua segunda mãe, e converse com seu sogro, sobre como a política está desonesta. Aperta minhas bochechas e me borre de batom. Me leve para festas, e me proíba de olhar para os lados. Faça o que quiser comigo, mas me ame. Não precisa ser o cara perfeito, mas goste de mim do jeito que eu sou. E então, você vai ser a pessoa mais feliz do mundo, por que eu te prometo uma eterna paixão de adolescente.



Micaela Mariane

E se a distancia...



Se a distancia for o melhor remédio para curar a cicatriz, esquecer e perdoar, sinto muito coração, mas eu prefiro continuar sofrendo, com essa dor que não me deixa mais dormir. Por que pra mim, a pior ferida, é não poder mais ver a cura.

Micaela Mariane



sábado, 16 de julho de 2011

E ai então que você ganha a certeza de que se apaixonou .


É quando você se fingi de durona, começa a sentir a raiva, se importa por qualquer besteira, e tenta mostrar ao mundo como é forte e está bem, que você percebe que já não consegue se enganar. Por que é no momento que você se fingi durona, se faz de forte e sente raiva, que você se importa com quem só te machuca. E é justamente ai, que você se diverte com qualquer besteira e faz delas grandes coisas, coisas que não são. E é no instante que lembrar que tudo não passava de um divertimento que vai precisar dizer a todos que está bem, por que já não estará, e  guardará seus palpites e ocasiões para si mesma. E é quando acontece tudo isso, que você ganha à certeza de que se apaixonou, e ai, já não vai mais se importar se foi pelo cara errado ou não.
Você buscou as cores num mudo preto e branco, buscou a perfeição no imperfeito, e agora, chora longas noites por descobrir essa verdade. Procurou o garoto dos seus sonhos, e esqueceu que era só um sonho. Arriscou toda sua dignidade, e agora se lamenta por perceber que não foi pela pessoa certa. Você se arrepende pelas coisas que mais amou fazer, mas sabe que todo seu esforço havia valido a pena. Se xinga, fala gritando consigo mesma, as palavras mais ridículas que um dia sonhou em dizer:
Bobinha, sentimental e chorona. Bobinha, por que agora sabe que, em todo esse tempo só se enganou. Sentimental, por que sente por alguém que não merece nem se quer o seu respeito. E chorona, por que a única coisa disso tudo que passou, o que restou, foi chorar.
E agora você se vê perdida, nesse mundo desonesto, que não vai esperar as suas lágrimas secar. Não se esqueça, o que tiver que ser será, e se não foi, não era pra ser.
Aos poucos o mundo gira, e você aprende com ele, a controlar os seus impulsos, e valorizar o que tem de melhor na vida pra viver. Não se questione, quanto tempo mais essa dor continuará, e acredite, um dia ela passa, e você aprende a ser quem você é. Isso bastara.


Micaela Mariane

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um dia de outono.

    

Eram dois namorados em um dia bonito, com um sol radiante e uma temperatura agradável. Ela estava em casa, escrevendo em seu caderno de rascunhos; Já ele, também em sua casa, zanzava pelo corredor, pensando em um modo mais fácil de dizer o que precisava falar.
Inspirada em seus pensamentos melancólicos, frios mais extremamente verdadeiros, sente seu celular vibrar em seu casaco quente. Era ele.
- Oi. Tudo bem com você?
- Oi amor. Sim, estou bem e você?
- Também to bem. O que ta fazendo? Vamos nos encontrar?
- Eu tava escrevendo. Vamos sim.
- Ok. Eu passo ai daqui à uma hora.
- Aonde vamos?
- Você vai descobrir. Beijo, estou indo ai.
- Ta bom. Beijo.
Ela se arruma sem mistérios: põe o seu Jens preferido, sua blusa básica, um casaco ideal para um dia de outono, penteia seu cabelo, e vai com seu velho e sujo all star. Arruma sua pequena bolsa, e coloca seu caderno e um lápis. Como de costume, não deixava escapar um pensamento se quer. Ela o espera na frente de sua casa, e ao vê-lo chegar, saiu correndo dar um beijo na testa do pai trabalhador, e na mãe conselheira e melhor amiga que tinha, que no momento tricotava uma roupinha de criança para o mais novo afilhado, filho da vizinha que acabara de nascer. Abriu o portão branco de 1 metro de altura, olhou pro namorado, que se aproximou, e lentamente o abraçou forte.
- Você está linda hoje - dizia o garoto sorrindo malicioso.
- Você ta me zoando?
Eles riem. Andando lado a lado, ela segura na mão dele como de seu costume.
- E então, escreveu muito hoje?
- Foram mais frases – argumentava a garota.
- Pode me dizer uma?
- “Foram várias decisões precipitadas e sem pensar, você não teve medo de arriscar, então por que hoje, você tenta esquecer que um dia me conheceu?”
- Só você pra fazer esses tipos de frases, mas eu gostei.
- As pessoas só entenderam meus versos sem rimas, quando descobrirem o grande significado das palavras.
- Ok, mas isso também é uma frase?
Novamente eles riem.
- Pra onde está me levando? – perguntava a menina.
- Espera que já estamos chegando!
Ela olha pra ele com a cara mais furiosa que conseguia fazer, e dando pra notar, como sempre foi uma menina bobinha e desarrumada, sua tentativa de uma estrutura brava, foi um legítimo fracasso. Eles entraram em um lugar diferente, e para ela uma nova curiosidade, era como se fosse um filme: você entra em vários caminhos, passa por vários obstáculos pra chegar, mas então quando olha para a maravilha de lugar, percebe que todo o esforço havia realmente valido a pena.
- Esse lugar é incrível! Como você descobriu esse “paraíso”?
- Quando eu era mais novo, e morava por essas ruas, eu descobria tudo, andava sem parar em busca de lugares como esse.
- Então você era um tipo de detetive? - zoava a garota. - É um lugar incrível!– Agora falava admirada.
- Também gosto daqui. Vamos sentar? – eles se sentam na grama.
O lugar era único. A grama era verde, era repleto de árvores e os passarinhos cantavam sem parar. O por do sol estava se abrindo.
- Eu quero falar com você...
- É...
Surpreendendo até ela mesma, ela tira seus pertences da bolsa pequena, e começa a usá-los. Havia um batom manteiga de cacau, um pincel desnecessário, e seu caderno acompanhado do lápis.
- Defina VIDA.
- Indescritível. É preciso de várias escolhas que sempre vai te confundir. Mas por que essa pergunta?
- Shiiiih! – Dizia a menina com os dedos próximos à boca. E depois de algum tempo em silêncio escrevendo, ela finalmente continua. – A vida é uma linha; Uma linha grande e sem fim. Onde nos encontramos perdidos no meio dela, e não sabemos pra que lado seguir. Pensamos muito em um lado dessa linha, e desnecessariamente, pensamos muito mais do que o necessário nas conseqüências. Indecisão. Somos o fruto dela. Temos todos os medos em nossa frente, e por impulso, ignoramos nossa coragem que vive dentro de nós mesmos. O medo infalível de cair, faz com que perca metade dos sonhos que um dia, foi levado horas para criá-lo. Temos a mania de ignorar nossas maneiras de caminhar. A vida é um mistério. Cheia de descobertas para descobrir. – lia o que em 2 minutos escrevera.
- Como você fez isso? Você conseguiu colocar em frases, tudo que nem no pensamento eu consegui organizar... É incrível.
Ela deixa uma lágrima de seu rosto escorrer, mas com rapidez tenta esconde-la, mesmo que sua tentativa seja inútil.
- O que houve? – perguntou o garoto sem entender.
- Por que você quer terminar comigo?
- Como você sabe disso?
- Eu te conheço, você anda diferente, e o modo de como me hoje você me definiu a vida... Bom eu não sei...
Ele abaixou a cabeça, e não conseguiu corresponder.
- Sua ex, voltou, não é? – insistia a menina.
Ele ainda não conseguia responder. Ele a amava principalmente pelo fato de ela sempre o compreender e escutá-lo, seja o que fosse, ela sempre tentava ajudá-lo.
- Olhe o sol – dizia a garota apontando para o sol que se escondia atrás dos grandes morros – ele sempre volta, o sol sempre brilha. Não importa o que aconteça, o tamanho da tempestade, ou o escuro das nuvens, o sol sempre volta, e de algum modo interessante, faz pessoas que entendem sua importância, ter mais esperança, dizendo a seus admiradores, que não importa o que aconteça, sempre voltamos a brilhar. – continuou a menina com os olhos brilhando – você gostava dela, sempre gostou. Ela te magoou, fez você perder várias noites chorando, mas ela despertou o amor em você que eu sempre quis encontrar, o que eu sempre tentei te dar, e de certa forma eu a admiro. Se ela voltou disposta a voltar e mudou, e você ainda gosta dela, vai, encontre-a. Eu te entendo. – Agora explicava chorando em silêncio.
- Eu gosto dela sim, mas ela só me magoou, e, no entanto você... Eu também gosto muito de ti, e foi você quem me consolou e que me fez feliz até hoje. Eu não sei o que eu faço. – admitiu.
- Eu posso ter te acolhido, e colocado você o mais perto da realidade, mas você um dia me amou do jeito que a ama? – perguntava a menina tentando se conter. - Você ta divido. Só precisa de um tempo pra pensar.
- Mas eu tenho medo, medo de perder você.
- Aconteça o que acontecer, eu estarei sempre aqui, precisando de você. - ela segura na mão dele, e olha dentro dos seus olhos.
- Você é perfeita. Uma garota incrível, sincera, meiga, conselheira, amiga...
- Ninguém é perfeito, e a perfeição não existe e nunca existiu. São nossos maiores defeitos, que nos tornam pessoas importantes.
- Entenda do jeito que quiser, mas como você, eu nunca tive ninguém.
Ela solta a mão dele, e levanta rapidamente secando suas próprias lágrimas.
- Isso é o fim?
- Não, isso é você no meio da linha; Eu sempre vou estar aqui, lembre disse todas as manhas quando o sol voltar a brilhar. – dizia a menina agora vencendo a tristeza, e colocando um sorriso consolador em seu rosto – eu preciso ir. Tenho que voltar em casa para o jantar.
- Eu te levo. – Dizia-lhe levantando.
- Não precisa, agora eu já sei o caminho. Pode ficar aqui. Eu sei que esse lugar te faz bem, da pra ver no seu olhar.
 - Ta bom – ele a abraça do modo mais forte e duradouro que já havia vivenciado. Ela lhe da um beijo em seu rosto, e some entre as árvores.
O caminho até em casa, foi o mais longo dos caminhos. Ela não podia, e também não conseguia mentir para si mesma, ela estava péssima, com o coração doendo, e já não sabia nem mais se queria continuar a sua vida. Com a cabeça baixa, observando seus pés se verem sem entusiasmo, ela chegou em casa. Seu pai estava deitado no sofá, e lá estava sua mãe a lhe esperar.
- Achei que não fosse voltar para o jantar querida, seu pai e eu já jantamos.
- Não se preocupe mãe, não estou com muita fome.
- Aconteceu alguma coisa, filha?
- Não mãe, ta tudo bem, não se preocupe, se eu quiser alguma coisa, eu volto pegar.
- Está bem então. Tem seu bolo preferido de chocolate no forno. – continuou a mãe vendo o estado da filha.
- Obrigada mãe. – E então saiu da sala, atravessou o corredor, e entrou na ultima porta; Seu quarto. Era naquele lugar, nesse único lugar, que ela sempre descarregava suas tristezas.
Entrou no seu quartinho – pequeno, mas organizado – tirou sua guitarra da capa, puxou a grande e pesada caixa de som, ligou o fio, pegou a palheta que dele havia ganhado, e então, num volume baixo, mas que conseguia fazer a casa inteira ouvir, começou a tocar os acordes. Ela sempre foi uma menina quieta, que procurava manter sempre suas emoções a si mesma, e sempre detestou a idéia de que as pessoas a vissem chorando. Deitou em sua cama, pôs a guitarra em seu peito, e continuou a tocar deixando em seu travesseiro várias lágrimas cair, até adormecer. Sua mãe, percebendo que o som havia parado, e lembrando que achou que sua filha não estava bem, decidiu ir até seu quarto, ver se no momento ela já dormia. Sim, lá estava ela, em cima das cobertas dormindo com a guitarra pesada, e ainda com seu all star. A sua mãe delicadamente tirou o instrumento, desligou o som, tirou os tênis da filha que já dormia um sono profundo, e a cobriu.
As horas passaram rápido, e a garota acordou com a luz do sol que irradiava seu quarto, então ela percebeu que se esquecera de fechar a janela na noite interior. Percebeu também, que alguém havia visitado seu quarto e a posto para dormir, claro e sem duvidas, ela sabia que sua mãe havia passado por ali. Levantou, pegou sua roupa, e foi tomar um banho, tentando manter seu controle racional. No banho, lembrou de tudo o que havia acontecido, e conseguiu se tranqüilizar. Saiu do banho demorado no tempo de mais ou menos 30 minutos, foi à cozinha, e viu no forno-microondas, que o relógio apontava 8 horas da manhã. A cozinha estava vazia, era óbvio que seu pai já havia saído trabalhar, e sua mãe, como se lembrava, devia ter ido pagar as contas de água e luz. Colado com enfeites domésticos, na geladeira estava um bilhete da carinhosa mãe.
“Bom dia filha. Seu pai e eu já saímos de casa. Eu fui pagar algumas contas, e vou almoçar na sua tia Jô. Coma seu pedaço de bolo com o café passado que está na cafeteira, e para o almoço, deixei um dinheiro em cima de sua cômoda; compre algo. Aproximadamente às 4 horas, eu estarei em casa. Um beijo, juízo querida.
                                              Mamãe. ”
Ao ler o bilhete, a garota se sentiu melhor em saber que hoje, em grande parte do dia estaria sozinha pra pensar no que na verdade, não faria bem lembrar. Atacou o forno e comeu seu bolo, recusando assim o café forte. Lavou a louça, e organizou toda a casa, com intuito de esquecer tudo que insistia lembrar com dor, e medo do fim.
O dia passou rápido com todas as tarefas que fez. Sua mãe chegou no horário combinado, e seu pai também. Era apenas segunda-feira, e a sonhadora se atormentava na alternativa de não ver pelo resto da semana, o garoto que ela mais amou em toda a sua vida.
Toda à tarde, a adolescente perdendo o juízo, tendo em mãos desta vez seu violão, ia tocar sozinha no lugar que com ele, havia dado nome de paraíso. Além de tocar muito bem, a menina tinha uma voz incrível e admirável, geralmente dos seus versos, transformava em musica grande parte. Ela trazia, e sempre trouxe orgulho a sua família, mas sempre preferiu guardar suas músicas somente pra ela mesma. Ela não podia negar que em todas as vezes que chegava ao devido lugar, a única coisa que queria era encontrá-lo, mesmo sabendo que ele não estaria lá.
A semana passou lentamente depois daquele dia. Seu caderno e a música foram os seus melhores conselheiros. A dor emocional que a menina sentia, era angustiante. Ela definia todos esses momentos de longa crise, como escrever um texto sem ter frases o bastante.
Na terça feira da semana seguinte, por impulso e pelo grande entusiasmo de ouvir a voz dele que ainda surgia sem ter hora em sua mente, ela pegou o telefone celular, e discou o numero que por um longo tempo, sempre fez questão de ter a toda a hora e a qualquer momento em sua cabeça, coisa que não desejava nesse dia. Ele precisava de um tempo, e ela tinha medo de que estragasse tudo, mas nesse dia nem seus medos atrapalharam tanto quanto a ambição de saber que com ele tudo estava bem.
- Alô?
- Oi – falava a menina com dois corações: um deles feliz por ouvir a sua voz, e o outro triste de lembrar o quanto ele significava tudo pra ela.
- Ah, é você! Eu precisava mesmo falar contigo! Ta tudo bem?
- É eu to bem – mentiu. – E você?
- Eu... – ele não respondeu a pergunta. – Por favor, eu te peço, me encontre hoje no mesmo lugar da ultima vez?
- Claro! – Não conseguiu manter a empolgação. Esse convite era irrecusável, o que ela mais queria, era vê-lo novamente, e mais uma vez vê-lo sorrir.
- Ótimo! Estou indo pra lá agora mesmo! Eu te espero. Beijo, até mais! – Ele desligou o telefone, sem ao menos dar a chance dela responder.
Eu não preciso citar a alegria da adolescente. O sorriso que a mais de uma semana não aparecia se expandiu, e a grande emoção, a fazia lembrar o tão feliz que ficou aos seus sete anos de idade, quando ganhou sua primeira bicicleta rosa –choque.
Ela já estava com a roupa, afinal, ela ia todas as tardes no mesmo lugar. Sua mãe, ao ver toda a pressa da filha, não resistiu e precisou perguntar:
- Aonde vai?
- Decidir o meu futuro mãe!
- Como é? – perguntou a mãe agora indecisa, mas com a pressa que a garota estava, sem ao menos responder, saiu correndo porta a fora em passos rápidos e mais longos impossíveis.
 Dessa vez, o caminho que antes parecia não ter fim, hoje pra ela era e tinha que ser o mais curto. Todo o esforço era pouco pra ela.
Então, em poucos minutos, ela já estava lá, olhando-o. Quando chegou, ele já a esperava, sentado no mesmo lugar, com uma linda rosa vermelha nas mãos. Ela estava entusiasmada de mais, para conseguir caminhar como devia pra poder chegar mais perto. Em cada passo que ela dava, era uma ameaça de queda, e até em uma vez, caiu, mas se levantou rápido o bastante pra que ele não a visse conversando de perto com a terra. Nada mais interessava pra ela. O fato de ter em seu cabelo, gramas, matos e folhas, estar completamente suja de barro, não conseguiu a desanimar.
- Eu achei que eu não ia mais te ver! – Falava, e ao mesmo tempo em que corria para abraçá-lo, se esforçava para não sujá-lo também.
- Isso seria impossível, uma missão improvável pra mim. – Argumentava o garoto enquanto no mesmo tempo que a abraçava, tirava um pouco da grande bagunça que a deixava extremamente descabelada. Ele sabia que ela era assim, e então acabou rindo sozinho de tudo o que via. – Vamos sentar. – E em 2 minutos estavam sentados lado a lado, na grama molhada de orvalho.
- E ai, você vem sempre aqui? – perguntava a menina tentando ter assunto.
- Já faz uma semana que não tenho mais vindo. E você? – Respondia brincando.
- Eu venho todas as tardes. – Agora falava séria, com a cabeça baixa. - E então, voltou com a sua ex - namorada? – as ultimas palavras foram difíceis pronunciar, mas ela precisava saber.
- Não, e é sobre isso que eu quero conversar. Ela voltou, admito que disposta a mudar de verdade e então, eu pedi pra ela também me dar um tempo pra pensar, ela achou um absurdo, mas no fim aceitou. – continuou, sem querer falar de detalhes. – E foi nessa semana, essa necessária semana que eu não falei com você, que eu passei pensando sem parar pra que lado ir e pra onde seria melhor seguir, que eu realmente entendi o que antes causava turbilhões em minha cabeça. Eu finalmente decidi, ou melhor, cheguei a mais valiosa das conclusões.
- E qual é a sua resposta pra tudo isso?
- Eu amo você. – Ele entrega a rosa suada que pesava em sua mão – você e mais ninguém. – Dizia ele, agora segurando firme nas mãos dela, e olhando verdadeiramente dentro de seus olhos. – Essa semana foi a mais difícil pra mim. Eu mandei a garota que antes era tudo pra mim, ir embora; Por que eu percebi que é com você que eu quero viver pro resto da minha vida, é com você que eu quero casar, construir uma casa, educar um quarteto de filhos; eu quero ver você, tricotando o primeiro sapatinho pra o primeiro filho, e eu quero contar ao teu lado a mais linda história pros netos, essa mesmo, que envolve o teu nome e o meu. É você que me faz bem, e eu amo você, só você, e me sinto um idiota, por só entender isso agora. – No momento, ele se lamentava com as ultimas frases. – Espero que me perdoe, por ter precisado de um tempo pra perceber, mas eu só amo você.
- Eu falei pra você que eu ia te esperar, não importa o tempo que fosse, e sabe, acho que te esperaria a vida inteira ser fosse preciso. Foi nessa semana também que eu percebi que eu não sou mais nada sem você, e longe de você, não da pra ficar nem mais um instante.
Ele encosta lentamente seus lábios nos delas sem pressa. Ele sabia que teria todo o tempo do mundo pra ficar com ela.
- Ah, e sabe de mais uma coisa? – Ele mesmo se interrompe. – Eu entendi que eu sou o sol. – Novamente ele a beija.


A vida é como as quatro estações de um ano.
Quando é inverno reclamamos de tanto frio; e no verão reclamamos de tanto calor. Quando é primavera, todas as flores florescem; mas quando é outono, nos obrigamos a ver todas as folhas de uma árvore no chão, mas mesmo assim, continua lindo. E como as quatro estações do ano, nem um momento de uma vida dura o eternamente, pode até voltar e te fazer feliz do jeito que ficou um dia, mas não será igual, e nunca da mesma maneira; Mas todas as fases de uma temporada, vem com data de começo e fim, somente o verdadeiro amor, vence os limites e se mantém de pé, mas nessa vida são poucos. E é depois de uma longa chuva que o sol brilhará mais forte.



Micaela Mariane

sábado, 2 de julho de 2011

Palavras, são somente palavras.





Você acreditou em todas as palavras que um dia ele citou, e assim, cometeu loucuras por amar. Mas então se esqueceu, que só ouvia palavras, e não aceitou o fato de não te-lo feito ama-la. Você sofre por não ser perfeita, e sabe que ama só a ilusão. Não foi um erro ama-lo, mas sim a melhor maneira de aprender, que palavras são palavras, e não uma vida;

Micaela Mariane

sexta-feira, 1 de julho de 2011

E mesmo que...



E mesmo que seu coração esteja em pedaços, e já tenha desistido de sonhar, lembre-se de que existe alguém, que não cansa de te esperar. E vai estar sempre lá, desejando um dia ter a chance de te fazer feliz do jeito que realmente você merece. E quando você perceber que tua alegria, estava tão perto, e então ser feliz, você vai entender que as suas mágoas, podem somente ser suas lembranças, e nada mais. Do mesmo jeito que suas lembranças, podem ser sim, o teu mais belo sorriso.


Micaela Mariane